Exames diagnósticos para problemas digestivos: quais são e quando fazer

Quando um paciente relata ao médico sintomas como azia frequente, dores abdominais, diarreia persistente e outras alterações no hábito intestinal e digestivo, é comum que o especialista peça exames diagnósticos para investigar possíveis doenças. Mas, afinal, quais são os principais exames relacionados ao aparelho digestivo, como cada um deles é feito e quais diagnósticos eles podem dar? Entenda abaixo.

Exames diagnósticos do trato digestivo: quando há indicação?

Os exames diagnósticos do trato digestivo e intestinal são recomendados quando o paciente apresenta certos sintomas ou para monitoramento e rastreio de certas doenças.

Determinados quadros, que se apresentam com sintomas gastrointestinais, criam suspeitas diagnósticas, que vão desde problemas simples, como uma gastrite e colite ou uma pedra na vesícula, até problemas mais complexos como um câncer do trato digestivo. Dentre esses sintomas, é possível citar:
  • Dor abdominal forte e recorrente;
  • Aumento do volume abdominal;
  • Massas abdominais palpáveis;
  • Azia frequente;
  • Náuseas e vômitos;
  • Presença de sangue nas fezes;
  • Perda de peso sem explicação;
  • Alterações persistentes no hábito intestinal (diarreia ou constipação).
Além disso, esses exames também podem ser indicados para rastreio de doenças, por exemplo a colonoscopia a partir dos 45 anos, no caso do câncer do intestino e em casos de pacientes com histórico familiar de determinadas doenças. O câncer gastrointestinal e doenças inflamatórias intestinais são alguns exemplos de condições que aumentam o monitoramento do sistema digestivo a partir de exames.

O propósito desses exames é observar as particularidades do trato digestivo, identificando possíveis condições que estejam causando os sintomas. Isso ocorre, em geral, por meio de imagens.

Principais exames e como são realizados

Há diversos exames que permitem a avaliação detalhada do trato digestivo. Na consulta médica, é realizada uma avaliação minuciosa do paciente, sendo visto quais os sintomas e sinais apresentados e a partir daí, se realiza uma hipótese diagnóstica, e só então decidimos quais os melhores exames a serem realizados para aquela pessoa, naquele caso. Quando se trata de suspeitas comuns e sintomas mais corriqueiros, porém, algumas escolhas de exame são mais frequentes. Entre elas, é possível citar:

Exames endoscópicos:

Endoscopia digestiva alta

A endoscopia é um exame que, por meio de uma câmera, visualiza-se o interior do trato digestivo alto, começando na boca e chegando até o começo do duodeno. Essa técnica permite olhar de perto, por exemplo, o revestimento do esôfago e do estômago, algo útil para uma série de diagnósticos.

Para a realização deste exame, um tubo flexível com uma câmera na ponta é introduzido pela boca do paciente, que permanece sedado durante todo o procedimento. As imagens captadas pela câmera podem ser vistas pelo médico, que observa as estruturas internas em busca de indicativos de alguma condição ou algo que justifique as queixas do paciente.

Em determinados casos, além de avaliar de perto as estruturas do trato digestivo, o médico pode ainda realizar uma biópsia, retirando material suspeito para análise detalhada em laboratório. Alguns tratamentos também são possíveis de serem realizados pela endoscopia.

Esse exame costuma ser requisitado quando há suspeita, por exemplo, de esofagite, gastrite, úlceras estomacais, refluxo gástrico, infecção por Helicobacter pylori, varizes esofágicas e até determinados tipos de câncer.

Ele é indolor e o paciente geralmente pode deixar a clínica ou laboratório logo após o fim do efeito da anestesia.

Colonoscopia

A colonoscopia serve para examinar o intestino grosso por dentro. Ela é feita de forma semelhante à endoscopia – mas, nesse caso, o tubo flexível com uma câmera na ponta é inserido pelo ânus, e não pela boca. Isso permite a avaliação detalhada da mucosa intestinal.

Em alguns casos, o médico responsável pelo exame pode inclusive retirar pólipos e coletar amostras de tecido para análise. Assim como a endoscopia, a colonoscopia também pode ser utilizada para realização de alguns tratamentos.

Esse exame é, em geral, requisitado quando há suspeita de doenças como doença diverticular, doença de Crohn, retocolite ulcerativa e até câncer no intestino.

Para a realização da colonoscopia, um preparo especial é realizado, um a dois dias antes do procedimento. São administrados laxativos por via oral, para que haja uma limpeza do intestino para que não haja resíduos de fezes que atrapalhem uma correta visualização durante o exame. Assim como a endoscopia, a colonoscopia é feita com o paciente sob sedação. Isso significa que ele não sente nada durante o procedimento, e acorda sem grandes desconfortos, com o exame já finalizado. Em boa parte das vezes, a colonoscopia pode ser realizada em clínicas, mas em alguns casos precisa ser realizada em ambiente hospitalar, com o paciente internado durante um breve período.

Exames de Imagem

Ultrassonografia abdominal
Procedimento não invasivo que usa ondas sonoras para criar imagens dos órgãos abdominais. Isso auxilia na detecção, por exemplo, de cálculos biliares (pedra na vesícula) e alterações no fígado. É um exame relativamente simples, disponível e barato. Pode também ser usado como guia, para realização de punções e biópsias.
Tomografia computadorizada
Essa técnica fornece imagens ainda mais detalhadas do interior do abdômen, através do uso de radiação. Ela é útil para identificar, por exemplo, tumores, perfurações e inflamações, bem como outras alterações. Pode necessitar do uso de contraste, que pode ser administrado via endovenoso, oral ou retal. Assim como o ultrassom, pode ser usada como guia, para realização de punções e biópsias.
Ressonância magnética
Técnica que obtém imagens através do uso de campos magnéticos, sem necessidade de radiação. Fornece imagens em alta definição e é muito útil em investigações de doenças como a endometriose ou estadiamento de cânceres. Também necessita do uso de contraste e tem como contra indicação à realização a claustrofobia ou uso de marcapasso.
Exames laboratoriais
Análises de sangue, de fezes e até de urina podem contribuir para o diagnóstico de condições do trato digestivo. É o caso, por exemplo, de infecções que não dão indícios em exames de imagem, mas que ocultam evidências no sangue ou no material excretado pelo corpo.
Resultados de exames: onde levar?

Exames que avaliam o trato digestivo podem ser pedidos por qualquer médico. Porém a análise detalhada deles, a necessidade de exames mais específicos e as possíveis rotas para um diagnóstico e tratamento, devem estar nas mãos de um médico gastroenterologista ou um cirurgião gástrico (também conhecido como “cirurgião de barriga”, cirurgião do aparelho digestivo).

Esse médico é o especialista com mais expertise na análise de exames diagnósticos do trato digestivo, bem como na constatação de alterações e no tratamento delas. Tem dúvidas ou busca um bom cirurgião gástrico? Entre em contato e marque sua consulta!

Mais sobre exames no aparelho digestivo

Os principais exames diagnósticos relacionados à saúde do trato digestivo são:

  • Endoscopia;
  • Colonoscopia;
  • Ultrassom abdominal;
  • Tomografia
  • computadorizada;
  • Análises laboratoriais (sangue, fezes e urina).
A endoscopia é feita com o paciente sedado e dura de 15 a 30 minutos. Enquanto o paciente dorme, uma cânula dotada de câmera na ponta é inserida na boca do paciente. Essa cânula é capaz de passar pelo esôfago, pelo estômago e chegar até o começo do duodeno, permitindo a avaliação detalhada da parede do trato digestivo.

Esse exame é, em geral, feito em clínicas ou laboratórios, sem haver necessidade de internação. Normalmente, a técnica não gera desconfortos durante ou após o exame.

Antes de uma colonoscopia, o intestino do paciente precisa ser totalmente esvaziado. Esse preparo serve para que seja possível visualizar com clareza o interior do intestino. Para isso, quem vai realizar o exame deve:

  • Fazer dieta líquida um dia antes do exame;
  • Ingerir laxantes específicos conforme prescrição médica;
  • Fazer jejum por ao menos 6 horas antes do procedimento.

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